A coordenadora da área de Retail Design e Visual Merchandising do Instituto Europeo de Design (IED),Cintia Lie, subiu ao palco do Fórum COUROMODA para falar sobre tendências da moda e salientar a importância da compreensão e aplicação do Visual Merchandising para todos que trabalham com varejo. “Visual Merchandising é uma comunicação estratégica, ou seja, técnicas utilizadas para transmitir uma mensagem. Ao contrário do que muitos pensam, não se trata apenas de estética, tudo vai muito além disso”, iniciou Cintia.
A coordenadora do IED falou sobre projeto de lojas, montagem de vitrines, ajustes conceituais e criação de identidade de marca. “Tudo isso é importante e necessário dentro de um ponto de venda, mas para que tudo funcione bem é essencial compreender por inteiro a sua operação, o seu consumidor e o seu produto”, explicou.
“Tudo deve ser pensado dentro de uma loja e ter a mesma linguagem. O visual merchandising tem por objetivo simplificar a forma de os consumidores identificarem uma marca em uma mensagem”, seguiu Cintia ao falar sobre a importância de se criar e manter uma lógica para exposição de produtos dentro dos PDVs.
Ligação emocional
Na sequência, a palestrante falou sobre o significado da técnica para cada setor da cadeia. “Para a marca, o visual merchandising significa ligar emocionalmente o consumidor através de lembranças, desejos e sensações. Para a loja é organização, valorização e comunicação e para o consumidor é a possibilidade de encontrar fácil uma marca, diferencia-la da concorrência e criar identificação e laços com ela”.
Para finalizar, as tendências foram o tema exposto pela coordenadora do IED. “A nostalgia, ou seja, uma busca por memórias afetivas, romantizando o passado é o foco hoje. Nós estamos cansados deste excesso de tecnologia e uma proposta de vida mais simples, resgatando emoções e sensações através dos sentidos vem sendo trazida de todas as maneiras, nos filmes, programas de televisão e também nas lojas. As marcas estão se repaginando neste contexto utilizando objetos transicionais, que tornam a transição mais suave. “As lojas de calçado deveriam começar a pensar em mais diferenciais. Tudo é muito parecido e dá para mudar e criar identidades novas”, encerrou Cintia.